segunda-feira, 26 de maio de 2014

Patrimônio das 15 famílias mais ricas do País é quase o dobro do investido em 11 anos de Bolsa Família


A revista Forbes divulgou, no último dia 13, um ranking composto pelas 15 famílias mais ricas do país. De acordo com a publicação, elas detêm um patrimônio equivalente a R$ 270 bilhões. O valor representa quase o dobro do montante de recursos destinados, nos últimos 11 anos, a 50 milhões de pessoas atendidas pelo programa Bolsa Família, do governo federal. Segundo o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), o programa contou com investimento de R$ 137,3 bilhões, neste período.

A família Marinho, detentora das Organizações Globo, está no topo do ranking divulgado pela revista. A fortuna do núcleo formado pelo trio de bilionários Roberto Irineu Marinho, João Roberto Marinho e José Roberto Marinho, é estimada em US$ 28,3 bilhões, o que equivale a aproximadamente R$ 62,6 bilhões.

Com fortuna calculada em US$ 3,3 bilhões (cerca de R$ 7,3 bilhões), os Civita, donos do Grupo Abril, que edita a revista Veja, ocupam a 11ª posição entre as famílias mais ricas do país. O grupo é formado por Giancarlo Francesco Civita, Anamaria Roberta Civita e Victor Civita Neto.

O setor bancário também está presente no páreo. Participam do ranking as famílias Safra (Banco Safra), Moreira Salles (Itaú/Unibanco), Vilela (Holding Itaúsa), Aguiar (Bradesco) e Setúbal (Itaú). Somados, os patrimônios destas famílias equivalem a US$ 45,3 bilhões ou, R$ 100,3 bilhões.

Embora a concentração de renda continue alta no Brasil, o país tem desenvolvido, na última década, programas que contribuem para a redução das desigualdades sociais. Um deles é o Bolsa Família, criado em 2003 pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e promovido, desde 2011, pela gestão da presidenta Dilma Rousseff.

Os impactos positivos causados pelo programa são comprovados. Segundo o estudo “A Década Inclusiva”, publicado em 2012 pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o programa é o terceiro fator que mais influenciou na redução das desigualdades sociais no país, ficando atrás apenas da renda adquirida pelos brasileiros por meio do trabalho e da Previdência Social.

Desde a sua criação, o Bolsa Família já atingiu um quarto da população brasileira, beneficiando 50 milhões de pessoas. Resultados como esse, tornaram o Bolsa Família o maior programa de transferência condicionada de renda no Brasil e uma referência de sucesso para o mundo.

Mito x fato - Desde sua criação, o Bolsa Família é alvo de diversas críticas. Muitos acreditavam que o programa acomodaria a população de baixa renda ou, ainda, consideravam o benefício oferecido como uma “esmola” aos mais pobres. Afirmações como essas se mostram cada vez mais equivocadas, quando observadas as ações do programa.

Para participar da iniciativa, os beneficiários devem assumir compromissos ligados à saúde. Manter o calendário de vacinas dos filhos em dia e fazer visitas médicas para acompanhar o crescimento das crianças abaixo dos sete anos, são algumas delas. As gestantes assistidas pelo programa devem realizar o pré-natal e contam com tratamento médico para recém-nascidos.

De acordo com o MDS, o auxílio do programa Bolsa Família às populações de baixa renda possibilitou a redução de 19,4% do índice de mortalidade de infantil de crianças de até cinco anos. Ainda no âmbito de saúde, houve redução de 46,3% de mortes infantis por diarreia e 58,2% por desnutrição.

Manter os filhos na escola também é um compromisso assumido pelos beneficiários. Os resultados têm sido cada vez melhores. No último bimestre de 2013, por exemplo, a média de aprovação de estudantes inclusos no programa foi de 96%.

Para permanecer ligados ao programa, estudantes de 6 a 15 anos devem ter, no mínimo, 85% de frequência escolar. Ao mesmo tempo, jovens de 16 e 17 anos precisam ter, minimamente, a frequência de 75%, nas aulas.

O mito de que os beneficiários do Bolsa Família se acomodariam, cai por terra cada vez mais. Segundo o Planalto, 75,4% dos assistidos pelo programa estão empregados. Além disso, eles representam 10% dos 3,8 milhões de Microempreendedores Individuais (MEI), espalhados pelo Brasil.
Agencia PT

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